Jovens de Barra Mansa

Deus, a igreja e a sociedade precisam de seu compromisso

Lendo a revista Exame do mês de julho de 2009, encontrei um artigo que me chamou muito a atenção. A matéria dessa revista que é importante referência no mundo dos negócios, trazia o título: “O sócio cristão de Elie Horn”. Como não é comum essa abordagem relacionando religião e negócios, olhei com atenção e fiquei impressionado com o conteúdo.

Denise Carvalho, autora do texto (29/7/2009, p. 52), apresenta uma sociedade criada entre os empresários Fábio Cury e Elie Horn. Ao descrevê-los e apresentar seus negócios, ela diz: “Entre os empresários de ascendência árabe residentes no Brasil, o engenheiro Fábio Cury é, provavelmente, um dos menos religiosos… Embora tenha sido batizado, feito a primeira comunhão e casado na igreja, Cury faz parte do grupo dos autodenominados ‘católicos não praticantes’… Como tantos brasileiros, ele só pisa numa igreja hoje para assistir a missas de sétimo dia, batizados e casamentos. Mas nos últimos dois anos Cury se tornou rigorosamente obediente a determinados preceitos religiosos – não aos dele, mas aos do empresário sírio de fé judaica Elie Horn, dono da Cyrela, a maior incorporadora e construtora do país. Desde que Horn se tornou seu sócio, em 2007, Cury fez algumas adaptações na maneira de conduzir sua empresa. A principal delas diz respeito ao sistema de vendas. Da tarde de sexta-feira ao pôr do sol do sábado, assim como acontece na própria Cyrela, nenhum negócio é fechado. Nesse período, todos os 124 funcionários de Cury são proibidos de assinar contratos e receber cheques, mesmo correndo o risco — por sinal, alto — de perder a venda. No mercado imobiliário, 40% dos negócios são fechados aos sábados. ‘Fiquei preocupado por achar que perderíamos negócios’, diz Cury. ‘Mas deu certo. Os clientes ficam impressionados com a postura de respeito à religião e assinam o contrato nos outros dias’.”

Apesar de terem outra base religiosa, esses dois empresários moldaram seus negócios pela guarda do sábado. Especialmente Elie Horn, um dos grandes empresários do ramo imobiliário no Brasil, não abre mão da guarda do sábado. Fico pensando que ainda existem muitos outros, que nem conhecemos, e que também têm profundo respeito pelo sábado. Que lição para nós!

O ano de 2010 será nossa grande oportunidade de colocar o sábado no lugar em que Deus quer que ele esteja. Será um ano marcado pela proclamação do sábado como “Um Dia de Esperança”. Queremos que nossa comunidade conheça o dia do Senhor e faça um compromisso com sua observância. Vamos trabalhar fortalecendo a guarda do sábado internamente, na vida de cada membro da igreja, envolvendo diferentes iniciativas e materiais. Ao mesmo tempo, no dia 15/05, queremos ter o exército de mais de dois milhões de adventistas na Divisão Sul-Americana saindo às ruas, durante o Impacto Esperança, para distribuir 30 milhões de revistas com uma visão positiva do sábado. Uma semana depois, no sábado 22/05, serão 500 mil “Lares de Esperança” abrindo suas portas para compartilhar com os amigos um DVD com uma mensagem apresentada pelo pastor Fernando Iglesias, seguida por um convite para assistir a uma série de vídeos especiais sobre o dia de sábado. Serão iniciativas fortes para aprofundar a compreensão sobre a santificação do sábado na igreja e na sociedade, levando cada membro a guardá-lo e proclamá-lo.

Você já parou para pensar quantos guardadores do sábado ou corações sinceros vamos encontrar, entre cultos e incultos, ricos e pobres, pessoas aparentemente insensíveis ou mais abertas, cristãos ou não cristãos? Estamos dispostos a manter, a qualquer preço, o compromisso com a guarda do sábado? A abrir mão de privilégios, ou mesmo aparentes necessidades, para ser fiéis ao “dia do Senhor” (Ap 1:10)?

Quero desafiar você a guardar e proclamar o dia de sábado. Esse é o tempo em que precisamos renovar, de maneira profunda, nosso compromisso com sua observância. É o momento de abandonar hábitos, concessões, desculpas, interesses e tudo que possa estar enfraquecendo o sinal de Deus (Ez 20:20) em sua vida. Por outro lado, “A mensagem do terceiro anjo requer a apresentação do sábado do quarto mandamento, e esta verdade tem de ser levada perante o mundo…” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 383). Precisamos nos unir e torná-la mais conhecida.

Pr. Erton Kohler