“Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição, não se adornando com tranças e com ouro, nem com pérolas ou com roupas caras, mas com boas obras, como convém a mulheres que declaram adorar a Deus. (1 Timóteo 2:9, 10 NVI). “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus” (1 Pedro 3:3, 4 NVI).
Todo ser humano necessita de apreciação e gosta de ser elogiado. É saudável para a autoestima. Acontece que a aparência pessoal é apenas uma das facetas que contribuem para que nos sintamos bem com nós mesmas.
Há pessoas que superenfatizam a aparência, investem “pesado” em adornos externos e logo ficam sem recursos! Atraem a atenção, mas não conquistam qualquer afeição duradoura.
Os textos bíblicos acima não são uma apologia ao desleixo e mau gosto, nem tampouco se referem a regras sobre usar ou não usar joias. O uso ou não de joias está relacionado à consagração a Deus, e esse não é o assunto em pauta nesses versos. Tanto Paulo quanto Pedro se referem à modéstia cristã, que significa evitar exageros. A mulher modesta tem vergonha de ultrapassar os limites do que é decente e apropriado. “Bom senso” significa “ter uma mente sóbria e discernente”. Descreve o domínio próprio interior: um “radar” espiritual que mostra à pessoa o que é bom e apropriado.
Onde a discrição e a modéstia se perderam na História?
As mulheres sempre gostaram de se arrumar e ser “vistosas”. Houve um tempo em que as túnicas de homens e mulheres eram semelhantes. Com o passar dos anos, a Grécia lançou o “topless”, com túnicas longas que deixavam os seios descobertos. A partir daí, a moda do exibicionismo foi tornando-se cada vez mais ousada, se alastrou e conquistou adeptas. As mulheres romanas e as efésias já gostavam de seguir a última moda e competiam entre si para ver quem tinha as roupas e penteados mais sofisticados. Era comum às mulheres arrumarem os cabelos com pentes de ouro, prata e até pedras preciosas. Usavam roupas caras e elaboradas que eram trocadas várias vezes ao dia, só para impressionar umas às outras.
O glamour é artificial e exterior. A verdadeira beleza é real e interior. O glamour é algo que a pessoa pode pôr e tirar; mas a verdadeira beleza está sempre presente. O glamour é corruptível; desfaz-se e some. A verdadeira beleza do coração torna-se mais maravilhosa com o passar do tempo. A mulher cristã que cultiva a beleza do ser interior não precisa depender de adornos exteriores vulgares. Deus Se preocupa com valores, não com preços.
Com vistas à beleza que perdura, a mulher cristã deve cuidar da saúde e da aparência com equilíbrio e segurança. Deve escolher os artigos de vestuário pensando na durabilidade e beleza, não no exibicionismo ou modismo. As pessoas se deleitam em apreciar uma mulher atraente, mas essa beleza deve vir do coração, não de uma loja. Nas palavras de Ellen White:
“Os cristãos não se devem dar a trabalhos para se tornar objeto das atenções gerais por uma maneira de vestir diferente do mundo. Mas, se em harmonia com sua fé e seu dever relativamente a vestir-se com modéstia e higiene, acharem-se fora da moda, não devem mudar de atitude a fim de ser semelhantes ao mundo. Cumpre-lhes, porém, manifestar nobre independência e coragem moral para serem retos ainda que todo o mundo seja diferente. Se o mundo apresentar um modo de vestir discreto, conveniente e saudável, que esteja em harmonia com a Bíblia, não alterará nossa relação para com Deus ou o mundo o adotarmos esse estilo. Os cristãos devem seguir a Cristo, e harmonizar seu traje com a Palavra de Deus. Devem fugir dos extremos e seguir humildemente uma orientação reta, para a frente, a despeito de aplausos ou censuras, apegando-se ao direito justamente por ser direito” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 476, 477).
A mulher do século 21 é independente e pensante. O adorno, a vestimenta mais atraente e digna são as boas obras em prol do próximo: da família, dos amigos, de quem necessitar. O amor desinteressado, demonstrado em boas obras, acrescido de uma aparência bela, discreta e saudável, proporcionarão às mulheres o prazer de ser sinceramente amadas e respeitadas. A aparência exuberante não pode ocultar o defeito de um gênio desagradável ou a falta de boas obras.